Para tratar um paciente, é preciso ir além de técnicas e soluções reducionistas.
Um raciocínio clínico com visão sistêmica e abrangente é a chave para ter sucesso em um processo terapêutico.

Muitos profissionais ainda têm uma visão mecanicista da saúde das pessoas e buscam técnicas e fórmulas simplistas para seus atendimentos. Com isso, tendem a valorizar um raciocínio estritamente técnico, com ênfase na doença, sinais e sintomas do paciente.
Para estes profissionais, a ênfase do tratamento se dá nas estruturas anatômicas e estruturais com "defeito" que devem ser "consertadas".
Este reducionismo não leva em conta a complexidade das condições de saúde. Um bom raciocínio clínico considera que o processo de adoecimento é multifatorial, multidirecional e não-linear. Por isso, a investigação diagnóstica deve levar em conta as várias relações entre características pessoais, fatores ambientais, capacidades e dificuldades de cada indivíduo. Esta abordagem centrada no paciente vai permitir um tratamento abrangente e sistêmico que incentive a autonomia, auto-confiança, empoderamento e participação do paciente no controle de sintomas e manejo de riscos.
Isso não quer dizer que vamos abandonar todo tipo de técnica e recursos ou ignorar os resultados de exames ou avaliações físicas. Mas é preciso ir muito além disso para melhorar a capacidade funcional, saúde e bem-estar das pessoas.
Dei mais alguns exemplos destes dois tipos de abordagem neste post do Instagram:
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